Ela tentou me humilhar no jantar de Ação de Graças com um peru ridículo… mas acabei dando a volta por cima!

Gloria. O nome, em si, era uma ironia amarga. Ela não era glória, mas uma sombra onipresente, uma nuvem cinzenta pairando sobre o meu casamento. Desde que eu me casei com Mark, ela deixou claro, sem qualquer hesitação, que eu não era a sua maior fã. As suas críticas não eram diretas, eram sussurros no ar, comentários passivo-agressivos que se infiltravam nas nossas vidas.

“O seu bolo de aniversário é bom, mas o que Mark fez no ano passado foi… uma obra-prima.” “O seu vestido é lindo, mas talvez um pouco… ousado demais para a igreja.” “Você tem talento para arrumar a casa, mas não para cozinhar.”

Eram pequenas alfinetadas, venenos lentos que me corroíam por dentro. Mark, o meu marido doce e leal, era a minha única defesa. Ele não conseguia ver a maldade por trás do sorriso de Gloria, a sua “mãe”. Ele pensava que ela era apenas uma mulher peculiar, com um senso de humor estranho. Eu o amava por sua inocência, mas a sua cegueira me deixava sozinha na batalha.

Para o nosso primeiro Dia de Ação de Graças como anfitriões, eu queria que tudo fosse perfeito. Não para Gloria, mas para mim, para Mark, para a nossa vida. Eu queria provar, para mim mesma, que eu era uma boa esposa, uma boa anfitriã, uma boa mulher. Eu passei semanas a planear cada detalhe. O menu, os talheres, as flores na mesa. O cheiro de abóbora e canela pairava no ar. A mesa estava impecável, digna de uma revista de decoração. A minha alma estava cheia de esperança.

A esperança durou até a campainha tocar.

Gloria chegou, e com ela, o seu sorriso fixo e a sua aura de superioridade. Ela segurava um prato enorme, embrulhado em papel alumínio. Os meus olhos se estreitaram. Ela nunca trazia comida. Nunca. Ela sempre criticava a comida de todos. O que era isso?

“Eu trouxe um peru!” ela proclamou, a sua voz ecoando pela sala de estar. “Fiz um super especial para você.”

As suas palavras me deixaram em alerta. Ela me estendeu o prato. Eu o peguei, e o seu sorriso se ampliou. Ela tirou o papel alumínio, e o seu rosto estava a brilhar. Todos os convidados olharam para o peru. E então, o silêncio. Um silêncio que pesava toneladas.

O peru estava assado perfeitamente, com a pele dourada. Mas no seu peito, havia uma foto. A minha foto. Laminada. Colada com fita adesiva. Eu a vi. Eu vi a minha cara, no peito do peru. Eu vi os olhos de Gloria a brilhar. Eu vi a sua boca a se curvar em um sorriso perverso.

“Eu pensei que, já que você tem sido um perú este ano, você merecia ser a atração principal. Não é hilário?” ela disse, rindo.

O meu coração parou. A minha mente estava a tentar entender. Eu me senti traída, eu me senti humilhada. Eu me senti como se estivesse a lutar contra um inimigo invisível. A raiva subiu à minha cabeça. O meu corpo estava a tremer.

Eu olhei para o meu marido. Ele estava a olhar para o peru. O seu rosto estava pálido. Os seus olhos estavam cheios de tristeza. Eu olhei para a minha sogra. Ela estava a rir, e eu senti um ódio que eu nunca senti antes.

Eu respirei fundo. Eu sorri. O meu sorriso era o meu escudo, a minha máscara.

“Oh, Gloria,” eu disse, a minha voz era um sussurro. “Isso é realmente inesquecível. Vamos fazer com que todos se lembrem disso.”

O seu sorriso vacilou por um segundo, mas ela o recuperou rapidamente. Ela não sabia que a minha pequena conspiração já estava a decorrer. Ela não sabia que eu não era apenas uma anfitriã, mas uma estrategista. Ela não sabia que, por trás do meu sorriso, estava a vingança.

A minha vingança não era um impulso. Era um plano, um projeto, uma obra-prima. Durante meses, eu a tinha observado. Eu a tinha estudado. Eu tinha ouvido os seus murmúrios, os seus comentários, as suas histórias. Eu tinha descoberto os seus segredos.

Tudo começou com uma pequena fotografia. Uma fotografia de uma mulher, que parecia um pouco com Gloria, mas com um sorriso mais sincero. A fotografia estava em um álbum de fotos velho, em um canto esquecido da casa de Gloria. O nome da mulher era Elara. Eu perguntei a Gloria sobre ela, mas ela disse que era uma amiga da faculdade, uma amiga que ela perdeu de vista. Mas a sua voz estava cheia de tristeza, e eu sabia que ela estava a mentir.

Eu comecei a procurar. Eu usei a internet, os arquivos da faculdade, os jornais da cidade. E eu a encontrei. Elara era a irmã mais velha de Gloria. Ela não era uma amiga. Ela era a sua irmã. Uma irmã que ela abandonou.

O motivo? Elara teve um filho, e ela não se casou. Ela era uma mãe solteira. Gloria, uma mulher de princípios, uma mulher de status, não podia aceitar isso. Ela a deserdou. Ela a desassociou. Ela a apagou de sua vida. Ela fez com que a sua família e amigos a esquecessem. Mas Elara não a esqueceu.

Eu encontrei Elara. Ela era uma mulher solitária, com um sorriso triste nos olhos. Ela me contou a sua história. A história da traição, da humilhação, da dor. A história de uma vida que foi destruída.

Ela me mostrou as cartas. As cartas que ela escreveu para Gloria, as cartas que ela implorava por perdão. As cartas que ela implorava por ajuda. As cartas que Gloria nunca respondeu.

Eu não tive pena de Gloria. Eu senti um ódio que eu nunca senti antes. Ela era um monstro. Ela era uma cobra. Ela era uma mulher que merecia a sua vingança.

O meu plano era simples. Eu ia expô-la. Eu ia expor a sua hipocrisia, a sua crueldade, a sua maldade. Eu ia fazer com que todos se lembrassem dela.

Eu ia expor a sua hipocrisia, a sua crueldade, a sua maldade. Eu ia fazer com que todos se lembrassem dela.

Eu comecei a trabalhar no meu projeto, o meu projeto de vingança. Eu usei a internet, eu usei os arquivos, eu usei as cartas. Eu criei um vídeo. Um vídeo de três minutos. Um vídeo que ia mudar a vida de Gloria.

Eu comprei um projetor e uma tela. Eu os escondi no armário da sala de estar. Eu os ia usar. Eu os ia usar no Dia de Ação de Graças.

O peru de Gloria estava na mesa. Eu o deixei lá, no centro. O meu marido, os meus amigos e a minha família estavam sentados à mesa. A tensão na sala era palpável. Gloria estava a sorrir. Ela estava a rir. Ela estava a desfrutar da sua vitória. Ela estava a desfrutar da minha humilhação.

Eu me levantei. Eu segurei o meu copo. Todos os olhos estavam em mim. Eu sorri.

“Eu gostaria de fazer um brinde,” eu disse. “Um brinde a Gloria. A mulher que nos ensinou que a vida é curta e que nós devemos sempre desfrutar da nossa comida.”

Ela corou. Ela estava a desfrutar da sua glória. Mas eu sabia que a sua glória ia durar pouco.

Eu continuei. “Eu tenho uma surpresa para todos vocês. Uma surpresa que eu preparei para Gloria.”

O seu sorriso congelou. Os seus olhos se estreitaram. Ela estava a sentir o perigo. Ela estava a sentir o medo.

Eu me virei para a tela. Eu a abri. Eu liguei o projetor.

O vídeo começou. A tela se iluminou, e a voz de uma mulher ecoou pela sala. A voz de Elara.

“O meu nome é Elara. Eu sou a irmã de Gloria. A irmã que ela abandonou. A irmã que ela deserdou. A irmã que ela fez com que o mundo a esquecesse.”

Os olhos de Gloria se abriram. Ela se levantou da cadeira. Ela estava a tremer. A sua cara estava branca. A sua boca estava a tremer.

O vídeo continuou. Elara contou a sua história. A história do seu filho, a história da sua dor, a história da sua solidão. As cartas que ela escreveu para Gloria. As cartas que ela implorava por perdão. As cartas que Gloria nunca respondeu.

Eu me sentei. Eu olhei para o meu marido. Ele estava a olhar para a tela. A sua cara estava pálida. Os seus olhos estavam cheios de tristeza. Eu olhei para Gloria. Ela estava a chorar. A sua cara estava cheia de vergonha.

O vídeo terminou. O silêncio na sala era pesado. Um silêncio que pesava toneladas.

“O que é isso?” o meu marido perguntou. A sua voz era um sussurro.

“A verdade,” eu disse. “A verdade sobre a sua mãe.”

Gloria estava a chorar. A sua cara estava a brilhar. Ela estava a olhar para mim, e os seus olhos estavam cheios de ódio.

“Você é um monstro!” ela gritou. “Você arruinou a minha vida! Você arruinou a minha reputação! Você arruinou o meu nome!”

Eu me levantei. Eu olhei para ela. Eu sorri. O meu sorriso era a minha vitória.

“Não,” eu disse. “Você arruinou a sua própria vida. Você arruinou a sua própria reputação. Você arruinou o seu próprio nome.”

Mark se levantou. Ele estava a olhar para a sua mãe, e os seus olhos estavam cheios de tristeza. Ele a abraçou. Ele a consolou. Mas ele me olhou, e eu vi o seu olhar. Um olhar que dizia: “Eu te amo. E eu estou do seu lado.”

O resto da família estava em silêncio. Alguns estavam a olhar para Gloria, com pena. Outros estavam a olhar para mim, com medo. Mas a maioria estava a olhar para o chão.

O jantar foi cancelado. A família foi para casa. A nossa casa estava silenciosa. O peru estava na mesa. A minha foto estava lá. O símbolo da minha vingança.

O meu marido me abraçou. “Eu te amo,” ele disse. “Eu te amo por ser quem você é.”

Eu o beijei. Eu o abracei. Eu o segurei perto do meu coração. A minha vida era um caos, mas eu me senti livre. Eu me senti uma nova mulher. Eu me senti forte, eu me senti poderosa.

Eu me senti como se estivesse a lutar contra um inimigo invisível. Eu não ia deixar que a crueldade dela me destruísse. Eu ia lutar.

Eu olhei para o meu marido, e ele sorriu para mim. Ele me disse que eu era uma mulher forte, uma mulher de coração.

Eu saí da casa. Eu me senti a mulher mais feliz do mundo. A minha vida era um caos, mas eu me senti livre. Eu me senti como se estivesse a voar.

Eu olhei para o céu, e eu vi o sol. A minha vida ia ser perfeita.

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