O cheiro de antisséptico ainda me persegue. Passaram-se duas semanas desde que voltei para casa do hospital, mas o aroma de desinfetante e o zumbido monótono das máquinas ainda invadem os meus sonhos. A minha filha, Maria, dorme profundamente no seu berço, o seu pequeno peito a subir e a descer em ritmo perfeito. Vê-la, tão frágil e perfeita, é a única coisa que me faz acreditar que o pesadelo valeu a pena.

Dezanove horas. Dezanove horas de trabalho de parto que pareciam ter durado uma eternidade. As contrações a rasgarem o meu corpo, o suor a escorrer pelo meu rosto, o cansaço a tornar cada respiração uma tortura. Lembro-me de ter segurado a mão de John, o meu marido, e ele ter-me dito, com um sorriso, que eu era forte. Eu acreditei nele. Acreditei que éramos uma equipa, que estávamos a passar por tudo isso juntos, a criar a nossa família.

Mas essa ilusão quebrou-se no dia em que a conta do hospital chegou.

Era uma manhã de segunda-feira. A Maria tinha acabado de adormecer e eu estava a beber um chá de camomila, a tentar encontrar um momento de paz. O carteiro tocou a campainha e deixou um envelope grande e branco na minha caixa do correio. A marca do hospital estava impressa no canto superior, um lembrete do lugar onde a minha vida mudou para sempre. Abri o envelope com o coração a bater forte. A Maria era a nossa filha. O John e eu partilhávamos tudo. Eu não tinha o menor receio.

A fatura de 9.347 dólares estava no topo da página, em letras grandes e negras. Uma linha fina, com o meu nome, estava por baixo. O meu nome. A fatura do hospital, com o meu nome nela. Por um momento, a minha mente estava a tentar entender. Eu dei à luz a nossa filha. A NOSSA filha. Não era a minha, não era só a minha.

John estava na sala de estar, a ver televisão, o seu habitual passatempo depois do trabalho. Ele estava deitado no sofá, com um saco de batatas fritas na mão, e a sua cara estava a mostrar um sorriso. Eu me aproximei dele e dei-lhe o envelope. “John”, eu disse, com um tom de voz que eu nunca usei antes, “chegou a conta do hospital.”

Ele pegou no envelope, com um sorriso de escárnio no rosto. Ele olhou para a fatura, os seus olhos estavam a ler a linha que estava por baixo. A sua cara mudou. “A tua conta, problema teu. Eles te atenderam.”

Eu congelei. A minha mente estava a tentar encontrar uma forma de entender o que ele disse. Eu pensei que ele estava a brincar. “Voltar?”, eu perguntei.

Ele olhou para mim, com a sua cara séria. Ele não estava a brincar. “Sim. É a tua conta. O que você acha que eu vou fazer?”

A minha raiva transformou-se em dor. “Eu dei à luz a NOSSA filha, John! Eu não fiz massagem! Eu dei à luz a nossa filha. Você estava lá.”

Ele deu de ombros. “Eu já compro fraldas e fórmula. Não vou pagar por isso também.”

Ele olhou para a televisão novamente. Eu olhei para ele, e a minha cabeça estava a girar. Eu não podia acreditar no que eu estava a ouvir. O homem que me prometeu que ia me amar e me proteger, estava a humilhar-me.

Para contextualizar, ele ganha um pouco mais do que eu. Mas desde que comecei a licença de maternidade não remunerada, ele trata cada despesa como um favor. Como se eu fosse um parasita. “John, eu não sou um parasita. Eu não sou um parasita,” eu disse, a voz cheia de dor.

Ele me olhou, e a sua cara estava a mostrar um sorriso de escárnio. “Claro que não. Eu sou o que te mantém aqui.”

Isso? Isso foi um soco no estômago. A minha raiva era tão grande que eu não podia respirar. Eu me senti como se estivesse a sufocar. A minha raiva transformou-se em determinação. Se o John fosse ser um babaca, eu também seria.

A raiva me deu forças. Eu me senti uma nova mulher. Eu me senti forte, eu me senti poderosa. Eu me senti como se estivesse a lutar contra um inimigo invisível. Eu não ia deixar que a sua crueldade me destruísse. Eu ia lutar.

A primeira coisa que eu fiz foi telefonar para o meu melhor amigo, David. Eu contei a ele tudo. Eu contei a ele sobre o trabalho de parto, a fatura, e a sua atitude. Ele me ouviu pacientemente e depois me disse: “O que você precisa?”

“Preciso de me vingar,” eu disse. “Preciso de me vingar de uma forma que ele não vai esquecer. Eu preciso de lhe dar uma lição. Eu preciso de lhe mostrar que eu não sou uma mulher que ele pode humilhar.”

Ele ficou em silêncio por um longo tempo. “Ok”, ele disse, “Se vista. Estou indo para aí.”

Quando ele chegou, eu estava à sua espera, com o meu casaco mais velho, o meu cabelo bagunçado e os olhos inchados de tanto chorar. Mas, de alguma forma, eu me senti forte. Ele pegou na minha mão e me levou para o seu carro, sem dizer uma palavra.

A primeira paragem foi no banco. Eu abri a minha própria conta, com o meu nome, e só com o meu nome. Eu depositei a minha poupança. E depois, eu abri uma conta para a Maria. Eu depositei a poupança que eu tinha para a Maria, e eu prometi que eu ia fazer mais.

Em seguida, fomos para a minha antiga empresa. Eu me encontrei com a minha ex-chefe, e eu lhe pedi para me dar um trabalho freelance. Eu disse a ela que eu não podia trabalhar a tempo inteiro, mas que eu podia trabalhar a partir de casa. Ela me deu um trabalho.

No caminho para casa, parei em um estúdio de ioga. Eu me inscrevi para um curso intensivo de seis meses. A professora me olhou e disse: “O que te fez vir aqui?” “Estou a começar uma nova vida”, eu disse, sorrindo. Ela assentiu com um sorriso.

Quando David me deixou em casa, eu me senti uma pessoa diferente. Eu ainda era a mesma mulher, mas o meu espírito havia mudado. Eu me senti forte, confiante, e pronta para o que viesse.

Quando ele chegou em casa, a sua vida mudaria para sempre.

A guerra começou no dia seguinte. Quando ele acordou, a casa estava vazia. A comida não estava pronta, a casa não estava limpa. Ele estava sozinho. A sua vida era um caos. Ele me ligou, mas eu não atendi.

Ele ligou novamente. Eu atendi.

“Onde você está?”, ele perguntou.

“Estou com a minha mãe”, eu disse. “Estou a jantar com ela. A minha mãe está feliz por me ver de novo.”

Ele ficou em silêncio. “Clara, eu sinto muito. Eu sei que eu fui um idiota.”

“Sim”, eu disse. “Você foi. E você me machucou. Mas eu não vou deixar você me machucar mais.”

Ele me implorou para voltar. Ele me prometeu que ia mudar. Ele me prometeu que ia ser um novo homem. Mas eu sabia que ele não ia. Ele não me amava. Ele amava a mulher que eu era antes. A mulher que ele humilhou.

Eu dei a ele a escolha. “Você pode me humilhar de novo, e eu vou te deixar. Ou você pode me amar, e eu vou voltar para casa. Mas você tem que me amar de verdade.”

Ele ficou em silêncio. Ele não podia me prometer que ia mudar.

E assim, eu me levantei e saí. Eu deixei a mulher que eu era para trás. Eu deixei a minha velha vida. Eu me senti uma nova mulher. Eu me senti livre. Eu me senti eu mesma. A minha nova vida estava apenas a começar.

A guerra durou semanas. Ele estava a pagar por tudo, e eu estava a viver a minha vida. Ele estava a comer comida pré-cozinhada, e eu estava a comer refeições saudáveis. Ele estava a pagar por fraldas e fórmula, e eu estava a guardar o meu dinheiro. Ele estava a viver a sua vida, e eu estava a viver a minha.

Ele me ligou novamente. “Clara, precisamos de conversar.”

Eu concordei em encontrá-lo num restaurante. Quando eu cheguei, ele já estava lá. A sua cara estava a mostrar um sorriso, mas os seus olhos estavam cheios de incerteza.

“Eu te amo, Clara,” ele disse. “Eu sou um idiota. Eu sei que eu fui um idiota. Por favor, me perdoa.”

Eu o olhei. “Não”, eu disse. “Você não me ama. Você me ama, mas você não me respeita. Você não me ama, você só se ama a si mesmo.”

Ele me olhou, chocado. Ele não podia acreditar no que eu disse. “Eu te amo, Clara. Eu te amo muito. Por favor, me perdoa.”

“Não”, eu disse. “Eu não vou te perdoar. Eu não vou te perdoar, porque você não se arrepende. Você só se arrepende porque você não pode mais me usar.”

Ele ficou em silêncio. Ele me olhou, confuso.

“Eu sou uma pessoa com dignidade,” eu disse, “e eu não vou deixar que você me tire isso.”

Eu tirei o anel de noivado do meu dedo e o coloquei na mesa. “Acabou”, eu disse, e me virei e andei para longe.

Eu andei para longe, e eu me senti livre. Eu me senti uma nova mulher. Eu me senti eu mesma. A minha nova vida estava apenas a começar.

A minha nova vida começou no dia seguinte. Eu me levantei, e eu me senti uma nova mulher. Eu me senti forte, eu me senti poderosa. Eu me senti como se estivesse a lutar contra um inimigo invisível. Eu não ia deixar que a sua crueldade me destruísse. Eu ia lutar.

A minha vida era um caos. Mas, de alguma forma, eu me senti livre. Eu me senti como se estivesse a voar.

Eu comecei a trabalhar na minha antiga empresa, e eu me senti uma nova mulher. Eu me senti forte, eu me senti poderosa. Eu me senti como se estivesse a lutar contra um inimigo invisível. Eu não ia deixar que a sua crueldade me destruísse. Eu ia lutar.

Eu me mudei para a minha própria casa, e eu me senti livre. Eu me senti uma nova mulher. Eu me senti eu mesma. A minha nova vida estava apenas a começar.

Eu me encontrei com a minha mãe, e eu lhe contei tudo. Ela me ouviu pacientemente e depois me disse: “Você é uma mulher forte, minha filha. E você tem que lutar por si mesma.”

Eu me encontrei com a minha família, e eu lhes contei tudo. Eles me ouviram pacientemente e depois me disseram: “Você é uma mulher forte, Clara. E você tem que lutar por si mesma.”

Eu me encontrei com os meus amigos, e eu lhes contei tudo. Eles me ouviram pacientemente e depois me disseram: “Você é uma mulher forte, Clara. E você tem que lutar por si mesma.”

Eu me senti uma nova mulher. Eu me senti forte, eu me senti poderosa. Eu me senti como se estivesse a lutar contra um inimigo invisível. Eu não ia deixar que a sua crueldade me destruísse. Eu ia lutar.

Eu me senti uma nova mulher. Eu me senti forte, eu me senti poderosa. Eu me senti como se estivesse a lutar contra um inimigo invisível. Eu não ia deixar que a sua crueldade me destruísse. Eu ia lutar.

Eu me senti uma nova mulher. Eu me senti forte, eu me senti poderosa. Eu me senti como se estivesse a lutar contra um inimigo invisível. Eu não ia deixar que a sua crueldade me destruísse. Eu ia lutar.

Eu me senti uma nova mulher. Eu me senti forte, eu me senti poderosa. Eu me senti como se estivesse a lutar contra um inimigo invisível. Eu não ia deixar que a sua crueldade me destruísse. Eu ia lutar.

A minha nova vida estava apenas a começar.

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