
Eu não conhecia o Derek antes da nossa viagem. Ele era apenas um companheiro de viagem, dividindo o custo da gasolina comigo e com outra caroneira, a Jenny. Quando paramos para passar a noite, acidentalmente ouvi a conversa dele com a Jenny. Foi aí que percebi que o Derek não era um estranho qualquer — ele conhecia a Jenny antes da viagem e tinha planejado o nosso encontro! Mas por quê? Um arrepio de inquietação percorreu meu corpo…
Sou uma jovem jornalista apaixonada por descobrir a verdade. Estava animada, mas nervosa, com a minha última tarefa: investigar uma casa misteriosa onde uma jovem havia morrido em circunstâncias pouco claras.
Meu orçamento estava apertado, então anunciei em um bar local, na esperança de encontrar alguém para dividir a gasolina. Infelizmente, ninguém respondeu.

Apenas para fins ilustrativos | Fonte: Pexels
Na manhã seguinte, encontrei-me num café pitoresco no subúrbio, tomando uma xícara de café forte e revisando minhas anotações. O cheiro de pão fresquinho enchia o ar, tornando um pouco mais fácil deixar de lado minhas preocupações.
Eu estava esperando um possível companheiro de viagem que ligou cedo naquela manhã. Quando atendi e percebi que era um homem, imediatamente disse que ele provavelmente seria rejeitado. Mas ele insistiu em me encontrar e pediu apenas cinco minutos do meu tempo.
Assim que dei uma mordida na minha torrada, um jovem se aproximou da minha mesa.

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“Oi, você é Emily?” ele perguntou.
Olhei para cima, um pouco assustada. “Sim, sou eu.”
Ele deu um sorrisinho. “Sou o Derek. Liguei para você hoje de manhã por causa do anúncio. Estou indo na mesma direção e pensei que poderíamos viajar juntos.”
Observei-o por um instante. Derek era alto, com uma expressão rude que sugeria já ter vivido mais do que algumas aventuras. Seus olhos escuros transmitiam um toque de mistério, e sua postura era relaxada, porém segura.

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Havia algo nele que me deixava desconfortável, mas eu não podia ser exigente.
“Ah, claro”, respondi, tentando soar mais confiante do que me sentia. “Eu adoraria ter companhia.”
Sentamos e conversamos um pouco. Derek era reservado, contando pouco sobre si mesmo. Suas respostas às minhas perguntas eram curtas e vagas.
Apesar do meu desconforto, não pude negar que ter um companheiro de viagem era prático. A viagem era longa, e ter alguém para dividir a direção e as despesas foi um alívio.

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“Por que você está indo para lá?”, perguntei, na esperança de aprender mais sobre ele.
Ele fez uma pausa, olhando pela janela antes de responder. “Só preciso sair um pouco. Esvaziar a cabeça.”
Assenti e não insisti mais. Havia algo no tom dele que sugeria que ele não estava contando a história toda, mas decidi deixar para lá.
Fizemos algumas compras juntos e depois pegamos a estrada.

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Não consegui me livrar da sensação de que estava cometendo um erro, mas deixei isso de lado. Eu tinha um trabalho a fazer, e Derek era minha melhor opção para chegar lá.
Eu mal sabia que essa decisão me levaria por um caminho de reviravoltas e revelações inesperadas, começando com um incidente curioso em nossa primeira parada.
***
Enquanto dirigíamos pela longa e sinuosa estrada, tentei puxar papo com Derek. O silêncio entre nós era pesado, e eu esperava aliviar a tensão.

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“Então, Derek, de onde você é?” perguntei, mantendo os olhos na estrada.
Ele olhou para mim e depois olhou pela janela.
“Um pouco de tudo, eu acho. Mudei bastante.”
Assenti, tentando fazer com que ele se abrisse mais.
“O que fez você decidir se mudar tanto?”

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Derek deu de ombros, sua expressão ilegível.
“Simplesmente nunca encontrei um lugar para me estabelecer, eu acho.”
Percebi que ele não queria mergulhar em seu passado, mas minha curiosidade levou a melhor.
“Você trabalha com o que?”
Ele hesitou antes de responder: “Umas biscates aqui e ali. Nada permanente.”
Senti uma pontada de desconforto. Sua imprecisão era inquietante.

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“Você tem algum familiar ou amigo com quem mantém contato?”
Derek apertou o maxilar. “Na verdade, não. Sou só eu.”
Quanto mais ele falava, mais eu me arrependia de tê-lo levado comigo. O ar dentro do carro ficou tenso, e eu me concentrei na estrada à minha frente, com a mente a mil por horas, cheia de dúvidas.

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Depois de algum tempo, paramos num posto de gasolina. “Preciso esticar as pernas”, eu disse, tentando me livrar do desconforto.
Derek assentiu e ficou no carro enquanto eu entrei para usar o banheiro.
Quando voltei, senti que havia algo errado. Minha bolsa estava ligeiramente aberta e meus papéis não estavam como eu os havia deixado. Parecia que alguém tinha mexido nas minhas anotações.

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Olhei para Derek, que estava recostado casualmente na cadeira, aparentemente alheio à minha angústia. Meu coração disparou de desconfiança, mas fiquei quieto.
Quando eu estava prestes a voltar para o carro, notei uma garota parada na entrada da loja de conveniência. Ela parecia perdida e um tanto ansiosa.
“Olá”, chamei. “Você está bem?”
Ela se virou para mim.

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“Oi! Sou a Jenny. Minha carona me deixou aqui, e eu não tinha como chegar ao meu próximo ponto. Você poderia me dar uma carona?”
Jenny parecia um pouco tonta, mas inofensiva. Ponderei minhas opções e decidi que seria mais seguro ter outra pessoa conosco.
“Claro, Jenny. Estamos indo para lá. Entre.” Mostrei o banco de trás.

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O rosto de Jenny se iluminou. “Muito obrigada! Você não tem ideia de como sou grata.”
Enquanto partíamos, Jenny estava sentada no banco de trás, tagarelando. Ela falava sobre seus planos, suas músicas favoritas e seu gato chamado Muffin. Sua natureza efervescente contrastava fortemente com o silêncio taciturno de Derek.

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“Então, para onde vocês estão indo?”, perguntou Jenny, inclinando-se para frente.
“Estou escrevendo um artigo sobre uma casa misteriosa onde uma jovem morreu”, expliquei. “É uma história meio assustadora.”
Jenny arregalou os olhos. “Nossa, isso parece intenso! Sempre fui fascinada por mistérios. E você, Derek? O que te traz nessa viagem?”

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Derek se virou ligeiramente, a expressão ainda cautelosa. “Só precisava de uma carona. A Emily foi gentil o suficiente para me deixar ir.”
Jenny pareceu satisfeita com a resposta, mas eu a vi lançando olhares curiosos para Derek. Sua presença me deixou um pouco mais à vontade, mas a sensação incômoda de que havia algo errado com Derek nunca me abandonou.
À medida que os quilômetros avançavam, eu não conseguia me livrar da sensação de que essa viagem ficaria muito mais complicada.

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***
Chegamos à casa já tarde da noite. Ela se erguia à nossa frente, uma silhueta escura contra o céu que se escurecia.
Derek sugeriu que passássemos a noite lá, já que a cidade mais próxima ficava a 48 quilômetros de distância. Senti um arrepio na espinha só de pensar nisso. Embora eu estivesse com medo, Jenny me garantiu que tudo ficaria bem e que poderíamos trancar as portas dos nossos quartos. Concordei com relutância.
Enquanto Derek e Jenny preparavam uma refeição com base em nossa lista de compras e vegetais que encontraram no jardim, eu andava pela casa, absorvendo a atmosfera assustadora.

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A casa era velha, com piso de madeira rangendo e cantos empoeirados. Peguei meu gravador e comecei a registrar minhas observações.
11 de julho – 21:46
[Clique, assoalho rangendo]
“Esta casa pertencia a um homem que morava aqui com sua esposa.”

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[Passos]
“Ele a matou por infidelidade e foi condenado por homicídio premeditado.”
[Espirrar]
“Com licença, tem tanta poeira aqui. Tem uma foto na prateleira. Deixe-me ver…”
[Farfalhar de papel]
“Meu Deus… é o Derek. Meu companheiro de viagem é o mesmo cara acusado de assassinato!”
[Clique]

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Fiquei paralisado, olhando para a velha fotografia em minha mão. Era inconfundivelmente Derek, mais jovem que ele, com uma mulher que devia ser sua esposa.
Meu coração batia forte no peito enquanto eu juntava as implicações.
Lá embaixo, ouvi Derek e Jenny conversando. Suas vozes eram baixas e casuais, mas agora cada palavra parecia carregada de significados ocultos.

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Respirei fundo e decidi descer sorrateiramente, na esperança de descobrir mais sem alertá-los. As tábuas velhas do assoalho rangiam sob o meu peso, mas me movi o mais silenciosamente possível, abraçando as sombras.
Quanto mais eu me aproximava, mais a conversa deles se tornava clara. A risadinha de Jenny soava forçada, e o tom de Derek era perturbadoramente calmo. Encostei-me na parede do lado de fora da cozinha, esforçando-me para captar as palavras.
“…ela é desconfiada”, Jenny estava dizendo.
“Não importa”, respondeu Derek suavemente. “Vamos seguir o plano.”

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Que plano? O que eles estavam tramando?
Cheguei mais perto, respirando superficialmente.
“Você acha que ela acreditou?”, perguntou Jenny.
“Ela vai”, disse Derek, confiante. “Ela não tem escolha.”
Senti um suor frio brotar na minha testa. Eu precisava saber o que eles estavam planejando, mas precisava ter cuidado. Um movimento em falso e eles saberiam que eu estava ouvindo.

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De repente, a voz de Jenny mudou, ficando mais séria. “E se ela descobrir a verdade?”
A resposta de Derek foi assustadoramente calma. “Nós vamos lidar com isso.”
Uma tábua do assoalho rangeu alto sob meus pés. A conversa parou abruptamente, e ouvi cadeiras raspando no chão enquanto eles se levantavam.
“Emily?” Derek chamou, sua voz perigosamente próxima.
Precisei agir rápido. Escondi-me rapidamente num canto escuro, torcendo para que não me vissem. Meu coração batia forte nos ouvidos enquanto eu tentava ficar completamente imóvel.

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“Você ouviu isso?” Jenny sussurrou.
“Provavelmente é só a situação da casa se ajustando”, disse Derek, embora seu tom sugerisse que ele não estava convencido.
Esperei, prendendo a respiração, até ouvir os passos deles recuando para a cozinha. Só então soltei um suspiro de alívio, embora minha mente ainda estivesse a mil.
No que eu tinha me metido? E o que eles planejavam fazer comigo?

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***
Pensando que eles não tinham me notado, desci as escadas cautelosamente, cada passo ecoando na velha casa.
De repente, uma mão apertou meu ombro. Virei-me, com os olhos arregalados de medo, enquanto encarava Derek. Jenny estava atrás dele, parecendo igualmente assustada.
“Por que você estava se esgueirando?” Derek estreitou os olhos e apertou meu ombro com mais força.

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“Eu não estava me esgueirando”, gaguejei, tentando parecer corajosa. “Ouvi barulhos e fiquei curiosa.”
“Curioso, né?”, a voz de Derek era fria. “Bem, já que você está aqui, por que não se junta a nós?”
Ele me guiou até a cozinha, sem me dar chance de resistir. Jenny ficou parada ali, sem jeito, com o olhar se movendo de um para o outro. O jantar estava esperando na mesa.

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Respirei fundo, reunindo coragem. “O que está acontecendo? Por que você está aqui?”
Derek trocou um olhar com Jenny antes de falar. “Precisamos conversar, Emily. Você não deveria ter descoberto assim, mas não nos deixou escolha.”
Meu coração batia forte enquanto eu esperava por uma explicação, a tensão na sala era densa e sufocante.
Derek começou: “Eu te segui porque não podia correr o risco de você escrever outro artigo difamatório sobre mim. Minha vida foi arruinada por mentiras, e preciso que você ouça a verdade.”

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Jenny deu um passo à frente.
“Eu estava no posto de gasolina para garantir que você não teria medo de viajar conosco. Precisávamos que você passasse a noite aqui para que pudéssemos explicar tudo.”
Balancei a cabeça, sentindo a descrença e a raiva tomarem conta de mim.
“Você me manipulou, invadiu minha privacidade. Como posso confiar em qualquer coisa que você diz?”

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A expressão de Derek se suavizou. “Por favor, só escute. Eu não sou o monstro que me fizeram parecer.”
A sala ficou em silêncio enquanto eu processava suas palavras. Minha mente fervilhava de perguntas, dúvidas e medos.
Eu poderia confiar neles? Eu tinha escolha?
“Tudo bem”, eu disse finalmente, com a voz trêmula. “Explique tudo. Mas é melhor que seja bom.”
Nós nos sentamos à mesa, e Derek respirou fundo, pronto para revelar os segredos que nos trouxeram até aquele ponto.

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***
Durante o jantar, depois que todos nos acalmamos, Derek contou a história da esposa. Ele explicou o que realmente aconteceu.
“Minha esposa, Laura, morreu em um trágico acidente”, começou Derek.
Discutimos e eu saí de casa furioso, deixando-a para trás. Nossa vizinha me viu sair, ela pode confirmar. Quando voltei, encontrei-a ao pé da escada. As autoridades consideraram que foi um acidente, dizendo que ela devia ter escorregado e caído. Mas a irmã dela, Clara, nunca gostou de mim e aproveitou a oportunidade para me acusar de assassinato. Ela convenceu a mídia a publicar mentiras, retratando o ocorrido como um ato deliberado.

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Derek fez uma pausa, a voz carregada de emoção. “Ainda me culpo pelo que aconteceu, por deixá-la sozinha. Mas não aguento mais uma rodada de mentiras e acusações de assassinato intencional. Preciso que a verdade seja revelada.”
Escutei atentamente, enquanto as peças do quebra-cabeça começavam a se encaixar.
Derek continuou: “O julgamento limpou meu nome, mas o estrago já estava feito. A influência de Clara fez com que todos acreditassem que eu era culpado. Os artigos me retrataram como um monstro.”

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Jenny assentiu, com os olhos cheios de empatia.
“Sabíamos que você estava escrevendo sobre a casa onde aconteceu. Queríamos ter certeza de que você ouviria a verdade, não apenas a versão da Clara.”
Senti um pouco de culpa e compreensão. “Desculpe, Derek. Eu te julguei com base no que li. Eu deveria ter pesquisado mais a fundo.”
Derek deu um sorrisinho de agradecimento. “Obrigada por ouvir, Emily. Era tudo o que eu queria. Vamos jantar, estou com tanta fome!”

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Durante a refeição, conversamos sobre tudo o que aconteceu. Derek compartilhou mais sobre sua vida desde o incidente, a constante sombra de suspeita pairando sobre ele. Jenny acrescentou detalhes sobre a vingança de Clara e como isso os afetou.
Decidi ajudar Derek a restaurar sua reputação.
“Vou escrever a história verdadeira”, prometi. “As pessoas precisam saber o que realmente aconteceu.”

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O clima ficou mais leve. Não éramos mais apenas estranhos reunidos pelas circunstâncias; éramos aliados com um objetivo comum.
Jenny, Derek e eu concordamos em continuar viajando juntos por mais um tempo. Queríamos garantir que a história de Derek fosse contada com precisão e, no processo, nos vimos desfrutando da companhia um do outro como novos amigos.
O caminho à frente parecia menos assustador, sabendo que tínhamos o apoio mútuo.

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