
Nunca imaginei que uma ida ao Walmart se transformaria em um confronto por causa da minha cadeira de rodas, com um estranho exigindo que eu a entregasse para sua esposa cansada. À medida que a situação saía do controle e uma multidão se aglomerava, percebi que aquele dia comum de compras estava prestes a tomar um rumo extraordinário.
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Então lá estava eu, percorrendo os corredores do Walmart na minha fiel cadeira de rodas, me sentindo muito bem com a vida. Eu tinha acabado de fechar uns salgadinhos incríveis e estava indo para o caixa quando um cara — vamos chamá-lo de Sr. Metido — parou bem na minha frente, bloqueando meu caminho.

Um jovem em uma cadeira de rodas fazendo compras em um supermercado | Fonte: Midjouney
“Ei, você”, ele latiu, com o rosto todo franzido como se tivesse sentido um cheiro ruim. “Minha esposa precisa se sentar. Dê a ela sua cadeira de rodas.”
Pisquei, pensando que fosse alguma piada estranha. “Ah, desculpa, o quê?”
“Você me ouviu”, ele retrucou, gesticulando para uma mulher de aparência cansada atrás dele. “Ela ficou de pé o dia todo. Você é jovem, sabe andar.”
Tentei manter a calma, exibindo um sorriso educado. “Eu entendo, ficar de pé é uma merda. Mas eu não consigo andar. É por isso que estou na cadeira.”
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Um homem em uma cadeira de rodas conversando com alguém fora do quadro | Fonte: Midjourney
O rosto do Sr. Intitulado ficou vermelho de um jeito impressionante. “Não minta para mim! Já vi gente como você, fingindo deficiência para chamar atenção. Agora levante-se e deixe minha esposa sentar!”
“Olha, senhor”, eu disse, já com a paciência se esgotando, “não estou fingindo nada. Preciso desta cadeira para me locomover. Há bancos perto da frente da loja, caso sua esposa precise descansar.”
Mas o Sr. Intitulado não aceitou. Ele se aproximou, pairando sobre mim. “Escuta aqui, seu pequeno —”

Um homem com cara de bravo parado no corredor de um supermercado | Fonte: Midjourney
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“Há algum problema aqui?”
Nunca fiquei tão aliviado ao ouvir a voz de um funcionário do Walmart. Um cara de avental — seu crachá dizia Miguel — apareceu ao nosso lado, com uma expressão preocupada.
O Sr. Intitulado virou-se para Miguel: “Sim, tem um problema! Esse cara não quer abrir mão da cadeira de rodas para a minha esposa cansada. Faça-o sair dela!”
Miguel arqueou as sobrancelhas. Ele olhou para mim e depois para o Sr. Intitulado. “Senhor, me desculpe, mas não podemos pedir aos clientes que abram mão de aparelhos de mobilidade. Isso não é apropriado.”

Um balconista de avental, com cara de apreensivo | Fonte: Pexels
“Não é apropriado?”, gaguejou o Sr. Intitulado. “O que não é apropriado é esse impostor ocupar uma cadeira perfeitamente boa quando minha esposa precisa dela!”
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Eu sentia as pessoas começando a me encarar. Ótimo, era exatamente o que eu precisava — ser o centro do drama do Walmart. Miguel tentou acalmar os ânimos, falando em um tom baixo e sensato.
“Senhor, por favor, abaixe a voz. Temos bancos disponíveis caso sua esposa precise descansar. Posso lhe mostrar onde eles ficam.”

Um balconista se dirigindo a alguém fora do quadro | Fonte: Midjourney
Mas o Sr. Intitulado estava a todo vapor. Ele apontou o dedo para o peito de Miguel. “Não me peça para abaixar a voz! Quero falar com o seu gerente agora mesmo!”
Enquanto reclamava, ele deu um passo para trás — esbarrando em uma vitrine de vegetais enlatados. Observei em câmera lenta enquanto ele cambaleava, girando os braços, e caía com força.
COLIDIR!
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Um homem cai em uma vitrine de enlatados | Fonte: Midjourney
Latas voaram para todos os lados. O Sr. Intitulado estava esparramado no chão, cercado por latas amassadas de vagem e milho. Por um momento, tudo ficou em silêncio.
Então sua esposa correu até ele. “Frank! Você está bem?”
Frank — esse era o nome dele — tentou se levantar, com o rosto vermelho como uma beterraba. Mas, ao se levantar, escorregou em uma lata rolante e caiu de novo com outro estrondo.
Não consegui conter o riso. Miguel me lançou um olhar, mas percebi que ele também estava tentando conter o sorriso.

Um homem rindo no corredor de uma loja de departamentos | Fonte: Midjourney
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“Senhor, por favor, não se mexa”, disse Miguel, pegando seu walkie-talkie. “Estou pedindo ajuda.”
Frank o ignorou, esforçando-se para se levantar novamente. “Isso é ridículo! Vou processar a loja inteira!”
A essa altura, uma pequena multidão já havia se reunido. Eu ouvia sussurros e algumas risadas. A esposa de Frank parecia querer que o chão se abrisse e a engolisse.
Um segurança apareceu, seguido por um gerente. Eles observaram a cena — Frank parado, cambaleante, latas por todo lado, Miguel tentando manter a calma.

Um segurança caminhando pelo corredor de uma loja de departamentos | Fonte: Midjourney
“O que está acontecendo aqui?” perguntou o gerente.
Frank abriu a boca, provavelmente para começar a reclamar de novo, mas a esposa o interrompeu. “Nada”, disse ela rapidamente. “A gente já estava indo embora. Vamos, Frank.”
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Ela agarrou o braço dele e começou a puxá-lo em direção à saída. Quando passaram por mim, ela parou por um segundo. “Sinto muito”, sussurrou, sem me olhar nos olhos.
Então eles foram embora, deixando um rastro de latas e espectadores confusos.
O gerente virou-se para Miguel: “O que aconteceu?”

Um funcionário de uma loja conversando com uma pessoa invisível | Fonte: Pexels
Miguel fez um rápido resumo dos acontecimentos enquanto eu estava ali sentado, ainda processando o que tinha acabado de acontecer. O gerente balançou a cabeça e se virou para mim.
“Senhor, peço desculpas pelo incômodo. O senhor está bem?”
Assenti, recuperando a voz. “É, estou bem. Só… nossa. Isso foi incrível.”
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Ele se desculpou novamente e começou a organizar a limpeza. As pessoas começaram a se dispersar, mas algumas ficaram por perto para ajudar a recolher as latas.
Uma mulher mais velha se aproximou de mim e me deu um tapinha no braço. “Você lidou com isso tão bem, querida. Algumas pessoas simplesmente não pensam antes de falar.”

Uma senhora idosa oferecendo um sorriso caloroso | Fonte: Midjourney
Sorri para ela. “Obrigada. Estou feliz que acabou.”
Quando a confusão diminuiu, decidi terminar minhas compras. De jeito nenhum eu deixaria Frank estragar toda a minha viagem. Desci pelo corredor seguinte, tentando me livrar da tensão restante.
“Ei”, gritou uma voz. Virei-me e vi Miguel correndo em minha direção. “Só queria saber se você está mesmo bem. Aquele cara passou dos limites.”
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Suspirei. “Sim, estou bem. Obrigada por intervir. Esse tipo de coisa acontece com frequência?”

Dois homens conversando em uma loja de departamentos | Fonte: Midjourney
Miguel balançou a cabeça. “Não assim, não. Mas você ficaria surpreso com o quanto algumas pessoas podem ser arrogantes. É como se esquecessem da decência humana básica quando entram.”
Conversamos um pouco enquanto eu continuava comprando. Miguel compartilhou algumas de suas próprias histórias de terror com atendimento ao cliente, o que, sinceramente, me fez sentir um pouco melhor. Pelo menos eu não estava sozinho lidando com pessoas difíceis.
Quando fui pegar uma caixa de cereal, minha cadeira bateu na prateleira, derrubando algumas caixas no chão.

Uma mão segurando uma caixa de cereal | Fonte: Pexels
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“Ah, droga”, murmurei, tentando descobrir como pegá-los sem cair da cadeira.
“Eu pago”, disse Miguel, recolhendo rapidamente as caixas. Mas, em vez de simplesmente colocá-las de volta na prateleira, ele me entregou uma com um sorriso. “Considere esta por conta da casa. Uma pequena compensação pelo seu trabalho de hoje.”
Eu ri. “Obrigada, mas você não precisa fazer isso.”
“Eu insisto”, disse ele. “Além disso, é o mínimo que podemos fazer depois… sabe.”

Um funcionário de supermercado parado em um corredor | Fonte: Midjourney
Aceitei o cereal, comovido com o gesto. Não era muito, mas era um lembrete de que, para cada Frank no mundo, havia pessoas como Miguel também.
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No caixa, me vi atrás de uma mãe com uma garotinha curiosa.
Ela apontou para minha cadeira de rodas. “Legal! Parece um carro?”
A mãe dela pareceu mortificada. “Jenny! Não —”
Mas eu ri. “Mais ou menos! Quer ver como funciona?”
Mostrei os controles a ela, e seus olhos brilharam. Sua mãe relaxou, me dando um sorriso agradecido.

Usuário de cadeira de rodas ativando o controle de movimento | Fonte: Pexels
“Que incrível”, disse a pequena Jenny. “Quando eu crescer, quero uma igual!”
A mãe dela ficou tensa de novo, mas eu apenas ri. “Bem, espero que você não precise de um. Mas eles são bem legais, não são?”
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Ao sair da loja, não consegui deixar de balançar a cabeça com toda a experiência. Que dia! Mas sabe de uma coisa? Para cada Frank por aí, existem pessoas muito mais decentes — como o Miguel, aquela simpática senhora, e a curiosa Jenny.

Um homem dirige sua cadeira de rodas por um estacionamento | Fonte: Midjourney
Voltei para casa, com a fé na humanidade um pouco abalada, mas ainda intacta. E, pelo menos, eu tinha uma história incrível para contar na minha próxima noite de jogo. Além disso, ganhei um cereal grátis com a promoção. O lado bom, né?
Durante todo o caminho para casa, fiquei repassando o incidente na minha cabeça. Uma parte de mim desejava ter dito mais, “me defendido” — desculpe o trocadilho — com mais força. Mas outra parte estava orgulhosa de como eu havia lidado com a situação. Não é fácil manter a calma quando alguém está gritando na sua cara, questionando sua deficiência tão real.
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Um jovem dirigindo um carro esportivo conversível | Fonte: Midjourney
Ao estacionar na garagem, tomei uma decisão. Amanhã, ligaria para a loja e elogiaria Miguel pela ajuda. Pequenos atos de gentileza merecem reconhecimento, especialmente em um mundo que às vezes pode parecer tão cruel.
Também decidi pesquisar programas de conscientização sobre deficiência na minha região. Talvez eu pudesse me voluntariar, compartilhar minhas experiências e ajudar a educar as pessoas. Se eu pudesse evitar que pelo menos uma pessoa agisse como Frank, já valeria a pena.

Marcação no solo indicando vaga de estacionamento acessível para deficientes | Fonte: Pexels
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O que você teria feito? Se gostou desta história, aqui vai outra para você sobre uma mulher que ajudou um homem com deficiência no restaurante onde trabalhava, e ele mudou a vida dela.
Esta obra é inspirada em eventos e pessoas reais, mas foi ficcionalizada para fins criativos. Nomes, personagens e detalhes foram alterados para proteger a privacidade e enriquecer a narrativa. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, ou eventos reais é mera coincidência e não é intencional do autor.
O autor e a editora não se responsabilizam pela precisão dos eventos ou pela representação dos personagens e não se responsabilizam por qualquer interpretação errônea. Esta história é fornecida “como está” e quaisquer opiniões expressas são dos personagens e não refletem a visão do autor ou da editora.
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