
Cuidei da minha mãe durante seus últimos dias, sacrificando tudo para estar ao seu lado. No entanto, quando o testamento foi lido, fiquei sem nada. A traição me machucou profundamente, mas a verdade por trás da decisão dela e os segredos que se seguiram mudaram tudo o que eu pensava saber sobre minha família — e sobre mim mesma.
Eu estava dirigindo em direção à casa da minha falecida mãe, com o peso da sua morte ainda pesando no meu peito.

Apenas para fins ilustrativos. | Fonte: Midjourney
O funeral tinha acontecido na semana passada, e agora eu tinha que lidar com o que faltava: as decisões difíceis e práticas que sempre pareciam recair sobre mim.
Mais uma vez, eu era a única pessoa racional na família, aquela em quem todos confiavam. O mesmo aconteceu durante a doença da minha mãe.
Fiquei ao lado dela durante todo o tempo, alimentando-a, cuidando dela, garantindo que ela não estivesse sozinha. Não tinha dúvidas de que ela deixaria a casa para mim. Não para Phoebe.

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Phoebe era… complicada. Sempre fora. Inconvencional, errática — quebrada de um jeito que a vida nunca conseguiu consertar.
Ela não conseguia lidar com as coisas como eu. Apesar da distância, eu não conseguia parar de me preocupar com ela. Afinal, ela era minha irmã mais nova.
Ao meu lado no carro, Dan estava sentado em silêncio, com um leve cheiro de álcool. Ele tinha me prometido que pararia de beber, mas o cheiro familiar me dizia o contrário. Sinceramente, eu estava perto do meu limite.

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Entramos na garagem e estacionamos em frente à casa da minha mãe. A visão daquilo me fez sentir uma pontada de dor. Do lado de fora, estava o advogado que eu havia contratado, com a pasta na mão, esperando.
“Oi”, eu disse ao advogado quando saímos do carro. “Por que você não está aí dentro?”
“Está trancada”, ele respondeu, olhando para a casa.
“Trancada?”, repeti, franzindo a testa. “A Phoebe ainda não chegou? Ela me disse que chegaria cedo.”

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Peguei meu celular e disquei o número dela. A ligação caiu direto na caixa postal.
“O celular dela está desligado. Ótimo”, murmurei, guardando-o de volta no bolso. Eu também não tinha as chaves.
Dan, parado atrás de mim, balançou a cabeça. “Sua irmã, como sempre. Ela precisa de uma babá ou algo assim”, disse ele baixinho.

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“Ela já vai chegar”, eu disse, tentando manter a calma. Lancei-lhe um olhar firme, desafiando-o a dizer mais alguma coisa.
Minutos depois, avistei Phoebe subindo a entrada da garagem. Seu cabelo estava bagunçado e o rímel manchava os olhos. Parecia que ela não tinha dormido.
“Noite difícil, hein?”, perguntei, cruzando os braços.
Phoebe deu um sorriso fraco. “É tão óbvio assim?”

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“Se recomponha. O advogado está esperando”, eu disse, apontando para a casa.
“Ah, por favor”, ela zombou, passando por mim. “Todos sabemos que a casa vai para você. Você é a filha perfeita, lembra?”
Cerrei os dentes, optando por não reagir. Eu sabia que ela estava sofrendo. A morte da mãe a havia atingido duramente. As pessoas sempre diziam o quanto ela se parecia com a mãe.

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Lá dentro, sentamo-nos enquanto o advogado começava a ler o testamento. Sua voz continuou monótona até ele dizer as palavras para as quais eu não estava preparado.
“A casa e todos os bens vão para Phoebe.”
“O quê?”, perguntei abruptamente, encarando-o. “Como assim, a casa vai para a Phoebe?”

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“Estou apenas lendo o que está escrito”, disse o advogado calmamente.
“Isso não é justo!”, Dan explodiu. “Minha esposa era a única que se importava com a mãe deles! Ela não fez nada!” Ele apontou o dedo para Phoebe.
Phoebe pulou da cadeira, com o rosto desfigurado, e correu para fora.
“Dan!” Eu gritei para ele.

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“O quê? Você sabe que estou certo”, disse ele, com a voz ainda acalorada.
Não respondi. Revirei os olhos, levantei-me e segui Phoebe para fora.
Phoebe sentou-se no banco do quintal, o lugar que a mamãe mais amava. Parecia cansada, com os ombros curvados para a frente e as mãos inquietas no colo.

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“Desculpe pelo Dan”, eu disse, quebrando o silêncio enquanto caminhava até ela.
“Está tudo bem”, ela respondeu, com a voz monótona. “Ele é sempre assim. Você deveria deixá-lo.”
“Não posso”, respondi, sentando-me ao lado dela. “Ele é meu marido.”
Phoebe não respondeu. Ela olhava para a frente, com a expressão vazia. Hesitei, mas depois falei novamente: “Me venda a casa”, eu disse.

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“O quê?” Phoebe se virou para mim, assustada.
“Você precisa de dinheiro para a sua floricultura”, eu disse, tentando manter a voz firme. “Venda para mim. Eu vou demolir e construir a casa dos meus sonhos. Achei que a mamãe ia deixar para mim…”
“Não”, ela disse, interrompendo-me.
“Como assim, não?”, perguntei, franzindo a testa.

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“Não vou vender a casa para você. Mamãe deixou para mim”, disse ela, elevando o tom de voz.
“Você não fez nada para merecer!”, gritei, com as emoções transbordando. “Eu cuidei dela. Dei comida, dei banho, paguei as contas dela. Eu estava lá quando ela não conseguia andar. E, ainda assim, ela te deu porque você era o favorito dela!”

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“Você tem tudo, Katherine!”, gritou Phoebe, levantando-se. “Um bom emprego, um marido — mesmo que ele seja péssimo — e um milhão de oportunidades. Até te ofereceram um emprego no exterior! Mas você não pode escolher! Eu não tenho nada. Só esta casa.”
“E eu tenho responsabilidades! Sabe por que não aceitei esse emprego? Porque eu não podia te deixar! Você não ia dar conta!”

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“Saia!”, gritou Phoebe, com o rosto corado. “Eu não vou te dar a casa!”
“Então eu pego!” gritei, saindo furioso.
Eu queria esquecer a discussão com a Phoebe e deixá-la em paz. Ela estava certa; eu tinha tudo.

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Eu poderia comprar outra casa se quisesse. Mas o Dan não desistia. Ele insistia que eu contestasse o testamento, dizendo que não era justo e que eu merecia a casa.
Eu não conseguia entender por que isso importava tanto para ele, mas sua persistência me desgastava.
E assim começou. Advogados, discussões intermináveis sobre o testamento e reuniões com Phoebe, que parecia completamente indiferente a tudo. Ela dava de ombros durante todas as reuniões como se nada importasse.

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Certa noite, poucos dias antes da data do julgamento, me deparei com algo inesperado.
No escritório de Dan, havia uma pilha de papéis em sua mesa: contas vencidas e avisos de dívida.
Meu estômago embrulhou enquanto eu os folheava. Ele estava se afogando em dívidas. Peguei a pilha e marchei para o quarto, onde ele estava deitado na cama.

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“Quer explicar alguma coisa?”, perguntei, erguendo os papéis, com a voz ríspida.
Dan sentou-se na cama, com o rosto pálido. “Katherine, é tudo um mal-entendido”, disse ele rapidamente.
“Um mal-entendido?”, repeti, elevando o tom de voz. “Viu quanta dívida você tem? De onde surgiu tudo isso?”

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Ele esfregou as mãos no rosto, evitando meu olhar. “Nós podemos consertar isso”, disse ele baixinho.
“Nós?”, retruquei. “Foi por isso que você me empurrou para lutar com a Phoebe pela casa? Para que pudéssemos vendê-la e pagar suas dívidas?”
A expressão de Dan mudou, sua frustração transparecendo. “Ela não merece mesmo!”, gritou. “Ela está arruinando nossas vidas! Você corre para ela toda vez que ela liga! E você nem quis contestar o testamento, mesmo sendo você quem cuidava da sua mãe!”

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Senti a raiva fervendo dentro de mim. “Porque a Phoebe não pôde estar lá!”, gritei de volta. “Era demais para ela ver a mamãe daquele jeito. Aquilo a destruía. De onde vieram essas dívidas, Dan?”
Seus ombros caíram enquanto ele murmurava: “Jogo”.
“Jogos de azar?” repeti, atordoado.

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“Mas se vendermos a casa”, disse ele rapidamente, “eu pago tudo de volta. Vou me demitir de vez. Isso pode resolver tudo.”
“Tipo, você parou de beber?”, perguntei, com a voz gélida.
Dan não respondeu. Ele olhou para mim, com a culpa estampada no rosto.

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“Você é impossível”, eu disse, balançando a cabeça. Virei-me e saí do quarto, pegando minhas chaves.
Dirigi até a casa da minha mãe, o único lugar onde eu queria estar. Toquei a campainha e Phoebe atendeu quase imediatamente.
Sua expressão era de irritação ao abrir a porta. “O quê?”, perguntou ela. “Você veio me persuadir de novo antes da data do julgamento?”

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“Não”, eu disse, entrando enquanto ela se afastava. “O Dan perdeu uma fortuna no jogo.”
O rosto de Phoebe mudou, a irritação dando lugar à surpresa. Ela não disse nada, apenas me levou para o quintal. Sentamos no banco, o lugar favorito da mamãe.
“Podemos vender a casa e dividir o dinheiro”, disse Phoebe finalmente após um momento de silêncio.

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Balancei a cabeça. “Não, não vou fazer isso. A mamãe deixou a casa para você, então é sua. Ela queria que você ficasse com ela.”
“Mas você ia tirar isso de mim”, ela disse, com a voz suave, mas acusatória.
Assenti, sentindo a vergonha me invadir. “Aquela foi uma ameaça vazia durante a luta. Aí o Dan me pressionou para continuar, e agora eu sei por quê.”

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“Você não vai pagar a dívida dele?”, perguntou Phoebe, me observando.
“Não”, respondi com firmeza. “A única pessoa por quem eu sacrificaria tudo é você.”
Phoebe ficou quieta, olhando para o chão. Depois de um momento, ela falou: “Desculpa por gritar com você. Sempre me senti na sua sombra. Katherine isso, Katherine aquilo. Eu era só a garota estranha que fazia piadas.”

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“Assim como a mamãe”, eu disse, sorrindo.
“Sim”, ela concordou, com um pequeno sorriso se formando.
“Eu sei que você não conseguiu evitar, porque era doloroso demais vê-la daquele jeito. Mamãe também sabia, e é por isso que ela sempre falava de você. Ela te amava mais. É por isso que eu sempre me senti como se estivesse na sua sombra”, admiti.

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Phoebe riu baixinho. “Parece que a mamãe deveria ter feito aulas de criação de filhos antes de ter filhos.”
Eu ri com ela.
“Então, o que você vai fazer?” ela perguntou depois de uma pausa.
“Deixe o Dan, dê-lhe dinheiro para sua floricultura e leve esse emprego para o exterior”, eu disse.

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“Katherine”, disse Phoebe, fazendo-me olhar para ela.
“Sim?” perguntei.
“Eu vou ficar bem. E você também”, disse ela.
“Sim, eu sei”, respondi, puxando-a para um abraço apertado.

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Este artigo é inspirado em histórias do cotidiano de nossos leitores e escrito por um escritor profissional. Qualquer semelhança com nomes ou locais reais é mera coincidência. Todas as imagens são meramente ilustrativas.
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