Rapaz vítima de bullying planejou uma reunião de classe em seu iate – a festa foi ótima até que ele mostrou um vídeo de 10 anos atrás

A reunião de classe no iate do Mark parecia um sonho realizado até ele ligar um projetor de vídeo. Enquanto rostos familiares do nosso passado apareciam na tela, percebi que não era uma celebração — era um acerto de contas, e estávamos presos a quilômetros da costa.

Olhei para o convite na minha mão, sentindo um nó no estômago. Mark, o garoto que costumávamos atormentar no ensino médio, estava dando uma reunião de turma no iate dele. Estranho, né? Afinal, quem é dono de um iate aos 28 anos?

Uma mão segurando um convite impresso | Fonte: Pexels

Uma mão segurando um convite impresso | Fonte: Pexels

“Você vai naquele evento?”, perguntou minha colega de quarto, olhando por cima do meu ombro.

“Acho que sim”, dei de ombros. “É melhor ver como todo mundo se saiu.”

Na tarde da festa, apareci com a minha melhor camisa, tentando parecer que tinha a vida em ordem. Ao entrar no iate, assobiei. Aquilo era mais legal que o meu apartamento inteiro.

“Nick! Você conseguiu!”, a voz de Mark ecoou pelo convés.

Virei-me e fiquei de queixo caído. O garoto gordinho e de aparelho que costumávamos implicar havia sumido. Em seu lugar, estava um cara confiante e em forma, de terno caro.

Um homem elegantemente vestido em pé no cais de um iate | Fonte: Pexels

Um homem elegantemente vestido em pé no cais de um iate | Fonte: Pexels

“Mark? Nossa, cara. Você está… diferente”, gaguejei.

Ele riu, dando um tapinha nas minhas costas. “Incrível o que uma década e alguns milhões de dólares podem fazer, né?”

Enquanto me misturava, notei algo estranho. Só um punhado de pessoas da nossa turma estava ali. A maioria era o pessoal popular — ou melhor, o pessoal malvado.

Amy, a abelha rainha, aproximou-se com passos lentos. “Dá para acreditar? Acho que carma não existe, afinal.”

Forcei um sorriso, mas algo parecia estranho. Por que Mark convidaria seus antigos valentões para aquela festa chique?

Um homem partindo para o mar em um iate | Fonte: Pexels

Um homem partindo para o mar em um iate | Fonte: Pexels

“Nick, meu chapa!”, Chris, nosso antigo quarterback, cambaleou até nós com uma bebida na mão. “Dá para acreditar que o Marky Mark fez isso? Quem diria que o nerdzinho tinha essa habilidade?”

Estremeci com suas palavras. “Vamos lá, Chris. Isso foi há muito tempo.”

“O quê? Estou elogiando o cara!”, defendeu-se Chris, mas seu tom ainda era de deboche.

Conforme a festa prosseguia e nos aventurássemos mais para o mar, eu continuava tendo flashes do ensino médio. Empurrando o Mark para dentro dos armários. Rindo enquanto ele almoçava sozinho. Meu Deus, éramos tão idiotas.

Um grupo de estudantes do ensino médio posando em um corredor | Fonte: Pexels

Um grupo de estudantes do ensino médio posando em um corredor | Fonte: Pexels

“Se divertindo?” Um cara de cabelo cacheado e óculos apareceu ao meu lado.

“É, sim. Sou o Nick. Você é…?”

— Ben. O amigo do Mark do colégio. — Seu tom era frio.

“Ah, legal. Não me lembro de você”, eu disse, tentando ser amigável.

Ben estreitou os olhos. “É, você não faria isso. Eu era o único que era legal com o Mark naquela época.”

Antes que eu pudesse responder, Mark brindou. “Pessoal! Por favor, me dêem a atenção!”

A música parou e Mark foi para a frente do deck. Uma tela de projeção desceu atrás dele.

Um homem se posicionando no convés de um iate | Fonte: Pexels

Um homem se posicionando no convés de um iate | Fonte: Pexels

“Estou tão feliz que vocês puderam vir hoje”, ele começou, com um sorriso estranho no rosto. “Achei que poderíamos fazer uma pequena viagem pela memória.”

A tela piscou e meu sangue gelou. Éramos nós. No ensino médio. Atormentando Mark.

“Ai, meu Deus”, Amy sussurrou ao meu lado.

Assistimos horrorizados a cada cena se desenrolando. Nós xingando Mark. Empurrando-o. Rindo enquanto ele chorava.

Quando terminou, Mark ficou ali parado, deixando o silêncio pairar pesado.

Close de um homem sério em um iate | Fonte: Midjourney

Close de um homem sério em um iate | Fonte: Midjourney

“Vocês todos se lembram daqueles dias, certo?”, disse ele finalmente. “Bem, eu também não esqueci.”

De repente, o motor do iate rugiu e ganhou vida. O pânico se instalou quando percebi que estávamos nos afastando da costa.

“Que diabos, Mark?”, gritou Chris, já sem sua bravata anterior.

O sorriso de Mark não vacilou. “Não se preocupem. Não vou machucar vocês. Só pensei que vocês gostariam de um gostinho de isolamento. Como eu.”

“Isso é loucura”, gritou Sophia. “Vou chamar a polícia!”

“Boa sorte”, Mark riu baixinho. “Sem sinal aqui.” Ele tirou o casaco e ergueu um coquetel, zombeteiro.

Um homem no convés de um iate, rindo | Fonte: Pexels

Um homem no convés de um iate, rindo | Fonte: Pexels

Durante a hora seguinte, Mark foi falando de cada pessoa, contando cada coisa cruel que já havíamos feito com ele. Foi excruciante.

“Amy”, disse ele, virando-se para ela. “Lembra quando você espalhou aquele boato de que eu tinha piolhos? Tive que mudar de escola por um mês.”

O rosto de Amy se contorceu. “Eu… eu não pensei…”

“Claro que não”, Mark a interrompeu. “Nenhum de vocês fez isso.”

Um jovem e uma mulher conversando a bordo de um barco | Fonte: Pexels

Um jovem e uma mulher conversando a bordo de um barco | Fonte: Pexels

Ele se virou para Chris em seguida. “E você, Sr. Quarterback Grandão. Lembra de mergulhar a cabeça no vaso sanitário todos os dias durante uma semana?”

Chris parecia que ia vomitar. “Vamos lá, cara. Isso foi só coisa de vestiário…”

“Foi mesmo?”, a voz de Mark era fria como gelo. “Porque foi uma tortura para mim.”

“Mark, vamos lá”, disse Ben suavemente. “Não foi sobre isso que conversamos.”

Espera aí, o quê? O Ben estava envolvido nisso?

“Cala a boca, Ben”, Mark retrucou. “Eles precisam entender.”

Eu não aguentava mais. “Mark, para! Nós entendemos, tá? O que fizemos foi horrível. Me desculpe. Me desculpe mesmo.”

Um homem em pé na beira do convés de um iate, com uma expressão séria | Fonte: Midjourney

Um homem em pé na beira do convés de um iate, com uma expressão séria | Fonte: Midjourney

O iate ficou em silêncio. Mark me encarou, com uma expressão indecifrável.

“Você sente muito?” ele perguntou baixinho.

Assenti, sentindo as lágrimas arderem nos olhos. “Éramos crianças idiotas. Mas isso não é desculpa. O que fizemos com você foi cruel e você não merecia nada disso. Me desculpe, cara. Me desculpe mesmo.”

Por um momento, a fachada de durão de Mark cedeu. Ele pareceu… surpreso.

“Nick”, disse ele lentamente. “Você se lembra do dia em que roubou minhas roupas na aula de educação física?”

Estremeci com a lembrança. “É. Eu acho.”

Um homem em um iate reage com preocupação | Fonte: Midjourney

Um homem em um iate reage com preocupação | Fonte: Midjourney

“Tive que usar meu short de ginástica o dia todo. Todo mundo riu.”

“Eu sei”, eu disse, com a voz embargada. “Foi uma coisa horrível de se fazer. Me sinto culpada há anos.”

Mark me observou por um longo momento. “Você já?”

Amy deu um passo à frente, com o rímel manchando as bochechas. “Desculpa também. Nossa, eu era uma vaca naquela época.”

“Todos nós fomos”, acrescentou Sophia baixinho. “Mark, o que fizemos… foi imperdoável.”

Um por um, todos começaram a se desculpar. Até Chris, que sempre fora o pior, pareceu envergonhado.

Um homem gesticula com a mão em direção a outro | Fonte: Pexels

Um homem gesticula com a mão em direção a outro | Fonte: Pexels

“Eu… eu não esperava por isso”, admitiu Mark, com a voz trêmula.

Ben pôs a mão no ombro dele. “Talvez seja hora de voltar, amigo.”

Mark assentiu lentamente. “É. Talvez seja.”

Ficamos todos em um silêncio constrangedor. O sol estava começando a se pôr, pintando o céu de tons de rosa e laranja.

“Eu te perdoo”, disse Mark baixinho. “Eu só precisava que você entendesse. Que se lembrasse.”

Concordamos, sem saber ao certo o que dizer. A essa altura, estávamos perto de uma pequena ilha. Alguém havia estourado uma garrafa de champanhe e a oferecido para tentar quebrar o silêncio.

Uma festa a bordo de um barco | Fonte: Pexels

Uma festa a bordo de um barco | Fonte: Pexels

“Então”, arriscou Chris depois de um tempo, “você é, tipo, um cara da TI agora?”

Mark deu uma risadinha. “É, acho que dá para dizer que sim. Abri minha própria empresa de segurança cibernética há alguns anos.”

“Isso é incrível, cara”, eu disse com sinceridade. “Você sempre foi o aluno mais inteligente da turma.”

“Não me sentia assim naquela época”, respondeu Mark, mas não havia amargura em seu tom agora.

Amy pigarreou. “Mark? Eu sei que não merecemos, mas… você acha que a gente podia recomeçar? Quem sabe tomar um café qualquer dia desses?”

Uma mulher sorrindo, conversando com um homem no convés de um barco | Fonte: Pexels

Uma mulher sorrindo, conversando com um homem no convés de um barco | Fonte: Pexels

Mark refletiu por um instante. “Sabe de uma coisa? Eu adoraria. Todos vocês”, acrescentou, olhando ao redor. “Se quiserem.”

Então, para surpresa de todos, a expressão séria de Mark se transformou em um sorriso. “Agora que acalmamos a situação, quem está pronto para uma festa de verdade?” A tensão se dissipou como uma represa. Aplausos irromperam quando Mark aumentou o volume da música e abriu outra garrafa de champanhe.

“Vamos atracar nesta pequena ilha”, gritou ele por cima do som. “A noite ainda é uma criança!”

Um homem olha para o mar em direção a uma pequena ilha costeira | Fonte: Pexels

Um homem olha para o mar em direção a uma pequena ilha costeira | Fonte: Pexels

Quando ancoramos perto de uma enseada pitoresca, a festa começou a todo vapor. Mas, desta vez, foi diferente. Genuíno. Não éramos apenas ex-colegas de classe fingindo gostar um do outro. Éramos pessoas se reconectando, descobrindo quem tínhamos nos tornado.

Conversei profundamente com Amy sobre suas dificuldades como mãe solteira. Chris se abriu sobre sua carreira profissional fracassada e a depressão subsequente. Até Ben, antes reservado, compartilhou histórias sobre sua amizade com Mark ao longo dos anos.

Uma mulher a bordo de um iate segura uma bebida em comemoração | Fonte: Pexels

Uma mulher a bordo de um iate segura uma bebida em comemoração | Fonte: Pexels

Conforme o sol se punha no horizonte, percebi que festejaríamos a noite toda. Pela primeira vez, senti que estava realmente conhecendo aquelas pessoas. E elas, eu.

Mark ergueu a taça para um último brinde. “Aos novos começos”, disse ele. Brindamos, não mais presos ao passado, mas ansiando pelo futuro.

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